A Dama de Ferro

 

De Evandro Oliveira

Se Meryl Streep já não precisava provar mais nada pra ninguém, em The Iron Lady (A Dama de Ferro) essa senhora de 62 anos mostra, definitivamente, que está num patamar que pouquíssimos alcançaram. Não que o filme tenha sido brilhante mas Meryl sim, foi.

Contando a história de Margaret Thatcher, uma importantíssima política britânica, o filme é bem falho em muitos aspectos. Em quase 1h45min de filme – que parecem ser mais – a abordagem feita sobre a política de Thatcher (Thatcherismo), fator mais marcante e que lhe rendeu o apelido de Dama de Ferro, é pequena e pouco profunda.

Sem mostrar muito claramente como e por que Thatcher se lançou à política, nem como alcançou os cargos que teve, ficaram buracos. As conversas entre políticos são fracas, com discursos vazios e que procuravam demonstrar quase sempre o preconceito machista, fator realmente existente, mas que não precisava ser exaustivamente abordado.

Dirigido pela cineasta Phyllida Lloyd, The Iron Lady passa a impressão de ser um filme político por quem não entende muito de política, ou quem prefere não debater sobre o assunto. De qualquer maneira, o filme é sim agradável pra grande parte do espectador – e é essa a imagem que passa, um filme pra agradar. Contraditório? Não creio!

Contado em flahsbacks de uma senhora já deficiente mental, um grande ponto positivo vai para a impecável maquiagem – principalmente a feita em Meryl. Aliada à grande perfomance da atriz, carregam a maior parte do sucesso do filme.

Nota do Evandro: 7.5 

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